Hábito tradicionalmente feminino, a depilação vem ganhando adeptos entre o público masculino. A dermatologista Carla Macedo explica os métodos disponíveis e os cuidados necessários com a pele.
Não são raros os homens que possuem excesso de pelos pelo corpo. Assim, seja por higiene, vaidade ou para proporcionar mais conforto – e em alguns casos, melhor desempenho na rotina de esportes (é o caso de quem pratica natação, por exemplo) – eles optam por eliminar, em maior ou menor escala, os pelos de determinadas regiões.
Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Carla Macedo alerta: “embora homens e mulheres possam utilizar os mesmo métodos de depilação, os cuidados com a pele e com a condução dos procedimentos diferem, uma vez que se trata de características de pele absolutamente diferentes”.
Pesquisas da Sociedade Brasileira de Medicina Estética apontam que os processos, são adotados, sobretudo, para eliminar os pelos do peito e das costas. Nas melhores clínicas são realizadas por profissionais experientes em local privativo.
Lâminas - Econômicas, práticas e eficientes, as lâminas são muito utilizadas para fazer a barba e entram em cena também quando o assunto é depilar outras partes do corpo – o que definitivamente não é recomendado pelos especialistas ouvidos pela reportagem. “Homens, em geral, tem problemas com pelos encravados no rosto. Utilizar a lâmina no corpo é potencializar esse cenário e, consequentemente, as chances de coceira, irritações e alergias na pele”, salienta Carla. Aos que não abrem mão do método, ela orienta trocar a lâmina periodicamente e mantê-la em local fresco e arejado visando a prevenção da proliferação de fungos e bactérias.
Cera - Quente ou fria, a cera retira os pelos pela raiz. As vantagens são conhecidas: enfraquece-os progressivamente tornando menor a necessidade de seções. Em relação à dor, a dermatologista explica que para os homens esse quesito tende a ser ainda mais intenso: “embora a cera quente dilate os poros e facilite a retirada dos pelos, ainda assim, o processo pode ser caracterizado como agressivo para a pele. Isso acontece porque os pelos masculinos tendem a ser bem grossos. Por isso, é importante certificar-se de que a profissional responsável tem experiência no trato com esse tipo de pelo – garantindo assim que seja necessária a menor quantidade possível de puxões”.
Creme depilatório - Já há no mercado opções especialmente desenvolvidas para as características específicas dos pelos masculinos. “Trata-se de uma boa opção para quem tem alta sensibilidade à dor. Práticos, eliminam os pelos em poucos minutos, mas é claro, não se pode esquecer quem em poucos dias eles voltam a despontar, uma vez que não foram eliminados pela raiz”, comenta Carla que também sinaliza a necessidade de se testar o produto antes de aplicá-lo em grandes regiões: “aplique um pouco do produto em uma pequena área do corpo. Deixe-o agindo pelo tempo recomendado. Remova-o e enxágue com água fria em abundância. Aguarde 24 horas e verifique se sua pele não demonstrou algum tipo de reação alérgica ao produto”.
Aparelhos depilatórios e cortadores - Trata-se de uma solução para quem somente deseja diminuir o volume de determinada área que, por conta de tal quantidade gera calor, potencializa o suor e desencadeia odores. “Outra alternativa é aparar com uma tesourinha própria para essa finalidade. Ambas opções devem ser higienizadas antes e depois da utilização”, ressalta a especialista.
Laser - Sem contraindicações, atende o desejo de quem almeja ver-se livre dos pelos de modo mais duradouro. “O laser emite uma luz altamente concentrada que é atraída pela melanina, ou seja, o pigmento escuro do pelo, penetrando na pele e chegando até o folículo piloso. O calor, gerado por essa luz, causa grande dano ao folículo - que pode ser permanente ou não, dependendo da intensidade da energia que atinge o pelo. Por isso, o resultado das sessões – e quantidade que será necessária – varia de pessoa para pessoa”, finaliza Carla Macedo.
Fonte: Yahoo - br.mulher
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