Uma castanha-do-pará por dia, não mais do que isso, garante as doses de selênio de que seu corpo precisa para preservar cada célula, botar para fora possíveis substâncias tóxicas e viver mais
A castanha-do-pará deve ser consumida diariamente, mas é importante que seja apenas uma unidade
Em segundos, ao mastigar uma única castanha-do-pará, você recarregará os níveis de um mineral extremamente importante para uma vida longa e saudável: o selênio. A pequena oleaginosa repõe a quantidade do nutriente necessária para dar combate ao envelhecimento celular, causado pela formação natural daquelas incansáveis moléculas que danificam as células, os radicais livres.
A recomendação é de que um adulto consuma, no mínimo, 55 microgramas de selênio por dia, diz a nutricionista Bárbara Rita Cardoso, pesquisadora do Laboratório de Minerais da Universidade de São Paulo. E com uma unidade da nossa castanha já é possível encontrar bem mais do que isso de 200 a 400 microgramas do bendito. Aliás, o limite de consumo diário do mineral é de 400 microgramas, portanto, não vá com muita fome ao pote.
Os benefícios
O selênio se liga a algumas proteínas já existentes em nosso corpo para formar essas enzimas antioxidantes que combatem os radicais livres. O mineral da castanha também teria um papel especial na proteção do cérebro. É que, com essa capacidade de acabar com a farra dos radicais livres, as células nervosas seriam preservadas, evitando o surgimento de doenças neurodegenerativas com a idade.
A tireoide também funciona melhor na presença do selênio, acrescenta Christine Thomson. Isso porque, se não houver esse elemento, ela não consegue produzir direito seus célebres hormônios. O mineral também está intimamente associado à capacidade de o organismo se livrar de substâncias tóxicas, ajudando-o inclusive a expulsar possíveis metais pesados que se alojam nas células.
Sem excesso
Apesar de tudo isso, o badalado selênio deve ser apreciado com moderação. Quando os especialistas recomendam uma castanha diária, é para segui-lo à risca. Acredite: o conselho não é nem um pouco mesquinho. Esse consumo ideal e comedido é que faz todas essas enzimas que dependem do nutriente trabalharem de forma adequada, diz Bárbara. Em excesso, o selênio não vai potencializar sua ação. E o pior: mais cedo ou mais tarde, o exagero rotineiro vai revelar o lado negro da substância. Sim, ele existe: a toxicidade.
É o que acontece se a pessoa ingerir mais de 800 microgramas por dia, adverte Silvia Cozzolino. É que o selênio tem efeito cumulativo, emenda Christine Thomson. Isso não significa que abusar de vez enquando das deliciosas castanhas em uma happy hour com amigos traga grandes ameaças. O perigo é comer essas oleaginosas além da conta todo santo dia.
Quem experimentar ataques sucessivos de gula poderá sentir dor de cabeça, ficar com as unhas fracas e ver seus cabelos caírem. Mas, em geral, quem come dez castanhas hoje não vai se empanturrar delas amanhã, usa a lógica a expert em nutrição Silvia Cozzolino. No máximo, o preço desse pecado será um mau hálito parecido com o bafo de alho. Acredite!
A castanha-do-pará pode ser consumida pura ou como ingrediente para diversas receitas, pois nem o fogão nem a geladeira conseguem detonar as reservas de selênio.
Fazendo a conta
Para chegar à quantidade de selênio de uma castanha-do-pará (de 5 gramas), você teria que consumir, em média, o equivalente a...
3 filés de frango (100 gramas cada um)
16 pães franceses (50 gramas cada um)
100 copos de leite (200 mililitros por copo)
10 ostras (33 gramas cada uma)
3 latas de sardinha em conserva (130 gramas cada uma)
Fonte: Revista Saúde é vital
Nenhum comentário:
Postar um comentário