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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Retenção de líquidos: veja como acabar com o inchaço

Diversos motivos causam o inchaço, como a má alimentação, postura e o calor, que está chegando com tudo. Veja como evitar e tratar a retenção de líquidos

Retenção de líquidos
Postura, problemas hormonais e má  alimentação
 podem ser as causas da  retenção de líquidos
Foto: Revista Corpo a Corpo

Questões hormonais, de postura, modismos (como os calçados de salto alto e bico fino) e até o clima quente podem provocar inchaço. “A retenção de líquidos pode indicar que algo não vai bem com o organismo e ter relação com alterações patológicas graves como insuficiência vascular, hipotireoidismo, hipertensão arterial e mau funcionamento dos rins, fígado e até do coração”, alerta a endocrinologista Adriana Moretti (SP). Por fim, a gravidez (que não é doença) também contribui para o inchaço, devido às mudanças hormonais e ao ganho de peso.
Os verdadeiros culpados da retenção de líquidos

TPM: lista negra já!

 “No período pré-menstrual há uma elevação do hormônio progesterona, que provoca retenção de líquidos. A sensação se dá, sobretudo, nos seios e no abdômen. A queda desse hormônio, que resulta no início do fluxo menstrual, faz com que a eliminação de toxinas pela urina e o equilíbrio de líquidos no corpo voltem ao normal”, conta Adriana Moretti:

Como evitar: 
Estudos feitos com mulheres que consumiram vitamina E e ácido gamalinoleico regularmente, provaram que eles agem na diminuição do inchaço, mas não se conhece ainda como se dá esse resultado. “As duas substâncias podem ser compradas em cápsulas nas farmácias. Mas alguns alimentos são fontes naturais como germe de trigo, nozes, castanhas, sementes e óleos vegetais, no caso da vitamina E; e óleo de linhaça e prímula, ricos em ácido gamalinoleico”, sugere a nutricionista Amanda Ribeiro (SP).
Anticoncepcional: agente do mal
De acordo com o ginecologista Hugo Maia Filho, diretor do Centro de Estudo e Pesquisa da Reprodução Humana (CEPARH/ BA), a retenção de líquido é proporcional à dosagem hormonal do medicamento, que nas pílulas modernas é bem baixa. Para se ter uma ideia, os comprimidos da primeira geração continham algo em torno de 80 microgramas de estrogênio por dose, hoje essa quantidade é de no máximo 15.

Como evitar:
 Informe-se com o seu ginecologista se a pílula que está tomando é do tipo mais antigo, ou seja, com alta dosagem hormonal. Se for o caso, veja a possibilidade de mudar. “Algumas das mais modernas vêm inclusive com um pouco de substância diurética, justamente para evitar o inchaço”, lembra Adriana Moretti. Mas é importante ressaltar que só um especialista no assunto pode fazer a recomendação mais adequada, por isso vale a pena questionar o seu médico.
Passar muito tempo sentada aumenta o inchaço
Essa é uma das causas mais comuns de inchaço dos membros inferiores, como explica a fisioterapeuta Luciana Segantin Cardoso, do SPA e Clínica Estética Barber Beauty (BA): “As contrações do músculo da panturrilha são responsáveis pelo retorno dos líquidos do corpo para o tronco. Se ele não bombeia direito, ao longo do dia acaba provocando uma pressão na região que facilita o edema”.
Como evitar: durante o dia, levante-se pelo menos a cada meia hora e dê uma voltinha por alguns minutos – andar ajuda na circulação. Alem disso, é importante manter a coluna reta, ingerir bastante líquido para garantir o melhor funcionamento dos rins e até fazer uma massagem nos pés de vez em quando. “Coloque um dos pés sobre a coxa da outra perna e faça uma massagem, movimentando-o para frente e para trás e fazendo voltas”, ensina Luciana.
Passar muito tempo de pé aumenta a retenção de líquidos
Como não podia deixar de ser, esse motivo tem relação direta com a força da gravidade. “O que acontece com pessoas que passam horas de pé é que os líquidos corporais, que circulam através do sangue e da linfa, descem para as extremidades das pernas e, se o retorno ao tronco não for adequado, não conseguem subir. O resultado será inchaço nas pernas, nos tornozelos e a sensação de peso”, diz Adriana.

Como evitar: o ideal é mudar de posição – sentar-se ou caminhar de vez em quando tem um ótimo resultado. Se isso não for possível, use e abuse das meias de compressão – elas exercem uma pressão sobre as pernas que auxilia no bombeamento muscular, possibilitando uma melhor circulação sanguínea.
Clima quente: está no alvo
O calor é sem dúvida alguma um grande vilão para o edema. “Os vasos sanguíneos ficam mais dilatados e, com isso, uma maior quantidade de líquido sai para o espaço entre as células e fica acumulado ali. Trata-se de um mecanismo de defesa do organismo para baixar a temperatura interna do corpo e ajudá-lo a suportar o calor do ambiente”, esclarece a endocrinologista.

Como evitar: como não dá para ficar em ambientes climatizados o tempo todo, a sugestão é inclinar ligeiramente a cama (com uma ou duas listas telefônicas), de modo que os pés fiquem mais altos que a cabeceira – assim o sangue circula mais facilmente. Se essa posição for muito incômoda para dormir, coloque as pernas para cima sobre almofadas mesmo – o importante é que fiquem em um nível mais elevado do que o restante do corpo. Adote esse método também para os momentos em que estiver assistindo tevê ou lendo um livro.
Evite salto alto
Pode escolher: ou você anda poderosa e fashion sobre um saltão 15 ou saudável sobre um 5. A opção é dura, mas entenda que se usar um calçado muito alto, sua panturrilha fica mais tensa e não exerce adequadamente a sua função de bombear os líquidos corporais.

Como evitar: a fisioterapeuta Luciana recomenda usar sapatos com uma altura intermediária e fugir dos modelos de bico fino, que pressionam muito as pontas dos pés. Quem é obrigada a usar salto alto o dia inteiro por conta do trabalho, deve evitá-lo nos intervalos. “Enquanto estiverem a caminho do escritório ou de volta para casa e no horário de almoço, o ideal é fazer como as mulheres americanas que trocam o calçado por outro mais baixo e confortável”, recomenda. 
Fonte: Revista Corpo a Corpo / Reportagem: Simone Serpa / postado em 29 10/2012 às 14h00 por Redação 

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